domingo, 4 de outubro de 2009


Cansada de vegetar,de ver a vida a passar lá fora....
Aqui, entre paredes, abro as janelas, mas ela, a vida,resiste a ficar à porta.
Já não sei o que faça mais!
Como entendo aqueles que se cansam de sobreviver...
Aqueles que aparentemente têm tudo, mas a quem falta objectivos para se erguer, ao acordar...
Admiro a coragem que têm de acabar com a vida!
É bem mais fácil ter vontade de viver, quando se tem algo porque lutar!
Nem que seja uma tragédia!
O pior mesmo, é não ter nada....é o vazio, dia após dia...

sábado, 26 de setembro de 2009


O mais dificil de conseguir, é conhecermo-nos a nós próprias.
Pensamos que sabemos quem somos e o que queremos, mas com o tempo, vamos percebendo que nos defendemos de nós próprias.
Com a preocupação de sermos reconhecidos pelos outros, de seguir os padrões de conduta que nos foram incutidos, esquecemo-nos de qual é efectivamente a nossa vontade.
Por isso, nos sentimos tantas vezes infelizes, sem saber porquê!
Acho mesmo que é o medo que nos leva a sermos eternamente infelizes.
O medo dos outros nos julgarem, o medo de sermos rejeitados, o medo de não sermos bem sucessidos, o medo de sermos abandonados...
Vivemos de medos!
E como ultrapassá-los?

segunda-feira, 21 de setembro de 2009


Com o tempo vamos percebendo em quem podemos, ou não, confiar...
Assim como vamos aprendendo a lidar com os falsos amigos!
Vivemos na época do faz de conta e da encenação.
Tudo é imagem...
De conteúdo, temos muito pouco!

domingo, 20 de setembro de 2009


Como conciliar sempre?
Tenho que passar o tempo a tentar conciliações...
Sempre a fazer pontes...
Cansa...muito!
Custa-me o radicalismo estúpido!
Aqueles que fácilmente julgam os outros...
Que atiram pedras como se não tivessem telhados de vidro!
Cansa...
Aqueles que se acham donos da verdade...
Superiores aos outros...
e não admitem opiniões diferentes!
Cansa...
A tentativa de conciliação permanente, esgota!

domingo, 13 de setembro de 2009


Sempre que perco a amizade de alguém, fica um vazio.
Não é que essa pessoa me faça falta, ou precise dela, mas é uma sensação estranha de perda, de menos uma pessoa na minha vida.
Para além disso, é também o sentimento de dúvida.
Será que podía ter evitado a ruptura?
Será que fui justa?
Será que o outro era meu amigo, ou nunca o foi?
São tantas as questões, sem resposta...
Mas acima de tudo, fica uma enorme tristeza...

quinta-feira, 20 de agosto de 2009


Se há coisa que me deixa nostálgica, é suspeitar de alguém que pensava amigo.
Aceito a diferença de ideias e de formas de estar na vida.Mas não tolero a traição, ou a hipocrisia.
Quando sou amiga de alguém, é porque gosto de estar com essa pessoa, de forma natural e desinteressada.É alguém com quem posso confidenciar e posso ser eu própria, porque acho que ela me aceita tal como sou.
Na base da amizade está a transparencia, a confiança e a solidariedade.
Quando uma destas vertentes falha, é porque não há realmente amizade, mas antes uma relação de conveniencia.
Por isso, continuo a achar que pior que os nossos inimigos, são os nossos falsos amigos.
Normalmente, são aqueles que assim se proclamam..
Os outros, os verdadeiros, ao invés de o dizer, são-no!

quarta-feira, 24 de junho de 2009


É muito dificil comunicar!
Falar é fácil,mas conseguir partilhar emoções,sentimentos, opiniões...é muito complicado.
Estamos permanentemente a ser avaliados pelos outros que nos comparam por aquilo que eles são.
Nós próprios,quando ouvimos o outro,nem sempre o conseguimos compreender, porque fazemos também avaliações a partir daquilo que nós somos.
Se fosse eu faría assim, ou não faría assim...é o nós pensamos.
Como ultrapassar esta barreira?
É o que pergunto a mim própria, diáriamente.

segunda-feira, 22 de junho de 2009


Sem saber que rumo dar à vida.
Instalou-se o vazio,simplesmente, mas cá vou estando, para quando precisam de mim.
A eterna tótó, que ouve " não" quando quería ouvir " sim", mas continua sem ser capaz de dizer Não!
Que ouve o que não gosta e omite o que sente.
Que esconde e cala o que deseja, para não magoar.
Que adia, o inadiável.
Que consente, o que a magoa.